Crianças de cinco e seis anos do Colégio Marista Rosário, de Porto Alegre, desenvolveram um protótipo de robô que limpa o oceano. O projeto será apresentado durante o 15º Festival Marista de Robótica, que acontece nesta quinta (9) e sexta-feira (10), na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
A ideia do robô surgiu a partir de uma atividade em que as crianças exploravam canos e conexões. Um dos estudantes perguntou como a água chegava limpa na casa deles. Depois, surgiu a questão das águas poluídas e uma das principais preocupações dos estudantes ficou em torno dos impactos que o lixo está provocando nos animais marinhos.
De forma lúdica e através de maquetes, as crianças montaram dois aquários: um ilustrando “O futuro que temos”, com animais fictícios dividindo o espaço com o lixo descartado pelo homem, e outro ilustrando “O futuro que queremos”, com a vida marinha vivendo em um ambiente limpo e saudável.
A partir dessa reflexão, as crianças começaram a pensar em estratégias que auxiliassem na preservação da vida marinha. Elas desenvolveram um protótipo de robô que funciona com energia solar e é capaz de coletar lixo de diferentes tamanhos, incluindo microplásticos.
O robô é feito com sucatas, como canos de PVC, garrafas pet e ímãs. Ele possui um braço mecânico que é capaz de capturar o lixo e depositá-lo em um reservatório.
A professora regente da Educação Infantil, Márcia Vettorazzi Gabrieli, afirma que o projeto é uma demonstração da criatividade e da capacidade de inovação das crianças. “É importante que elas tenham consciência da importância da preservação ambiental e que possam contribuir para a solução de problemas como a poluição dos oceanos”, afirma.
O protótipo do robô ainda está em fase de desenvolvimento, mas as crianças já planejam levá-lo para testes em um rio ou lago. Elas também pretendem aperfeiçoar o projeto para que ele possa ser utilizado em larga escala.