Gabi Cavallin pediu para retornar à casa de Antony após briga e dedo machucado: prints

Após a última briga entre Gabi Cavallin e Antony, no dia 8 de maio, em Manchester, na Inglaterra, a DJ tentou retornar à casa dele, no dia seguinte, antes de embarcar para o Brasil. É o que mostram prints e áudios de mensagens trocadas entre Gabriela e Cleyton Silva, amigo do jogador, a que o EXTRA teve acesso com exclusividade.

Já na tarde do dia 9 de maio, Gabi e Cleyton trocaram mensagens sobre ela não ter ido ao hospital na parte da manhã, como havia sido marcado, para que desse pontos nos dedos indicador e médio da mão direita, machucados na noite anterior após um suposto ataque de ciúmes do jogador e uma taça arremessada em direção ao rosto da então namorada.

No relato de Gabriela na ação que move contra o jogador, após esperar até às 4h30 por ajuda estando presa no mini campo de futebol que fica no interior do imóvel, , ela teria ido ao Hospital Whythenshawe, onde não foi possível obter atendimento médico que costurasse o dedo, sendo feito um agendamento para que ela retornasse por volta das 10h30 da manhã do dia seguinte.

Segundo os prints trocados entre Gabi e Cleyton, que mora na casa de Anthony, a DJ não quis ir até a consulta marcada.

“mas estava mesmo marcado para as 10h30, né?”, pergunta o amigo. Gabi diz que sim, mas não para dar ponto. Cleyton então diz que Fernando (fisioterapeuta de Antony, que também esteve na casa após a briga), contou que Gabriela não quis ir ao hospital. “Já respondi que não. Que poderia ter ido às 22h30, 12h30, 15h…”, responde ela.

Em seu depoimento, Gabriela diz que não foi ao hospital depois de seguir um conselho de sua irmã, que é enfermeira e disse a ela que não poderia mais dar pontos no ferimento após o lapso temporal decorrido.

Na ação, é dito que a DJ “diante do terror sofrido e do completo desamparo vivido, optou por retornar ao Brasil, para o conforto de seus familiares, o mais rápido possível, tendo ido direto para o aeroporto”;

Um outro print de conversas trocadas entre ela e Cleyton mostram, no entanto, que Gabi tentou voltar para a casa de Antony após estar no aeroporto. Ela acusa os amigos de acharem que ela queria permanecer na Inglaterra.

“Você e o João tá (sic) parecendo que tá (sic) achando que eu quero ficar”. Cleyton retruca a informação. Gabriela então diz: “O que eu fiz, meu Deus. Eu não fiz nada. Eu não tenho curlpa desse dedo. Não fiz de propósito. Não quero ficar”. Em seguida, do aeroporto, ela fala: “Preciso de vocês. Do Antony, não é opção. Não me achou na rua”.

Segundo uma testemunha, que preferiu não se identificar, o diálogo aconteceu depois que Gabi tentou empurrar suas malas na esteira e o dedo voltava a sangrar. Esta mesma testemunha conta que os primeiros curativos foram feitos pela mãe de Antony, que estaria em casa na noite do ocorrido.

Num áudio, ela e Cleyton continuam a conversar, e ele afirma que vai levá-la então a um hotel já que não tinha condições de viajar. A DJ não aceita.

“Gabi então eu falei que a gente estava indo aí pra te ajudar. Você disse ‘não precisa, Cleyton. e você está se contradizendo. Estou falando com você de boa, e toda hora você fica dizendo que a gente tá te largando. Tô trocando a maior ideia com você, mano, perguntando como você está, se precisa que vá te ajudar com mala e você toda hora falando a mesma coisa”.

Gabriela responde: “Falei que se for para me levar pra hotel pra eu ficar sozinha não precisa, não. Se não dá para ir para casa, beleza, eu me viro”.

Cleyton torna a dizer que a levaria para o hotel para que ela passasse a noite antes de voltar ao Brasil. Gabriela não gosta.

“Já fui clara, se for para me levar para hotel e eu ficar sozinha, não precisa. Para eu continuar sozinha, continuar com o dedo machucado, precisando de médico, precisando de cuidado, se for isso, não precisa, eu me viro. Mandei mensagem para voltar para casa, cuidar do dedo, ir ao médico, esperar o dedo parar de sangrar para poder viajar amanhã. se não dá, se essa é a palavra do Antony, se essa é a decisão dele, ponto”.

“Contudo, ao chegar no aeroporto e empurrar suas malas, somente com os cortes protegidos por curativos, os ferimentos começaram a sangrar consideravelmente, sendo a vítima impedida de embarcar pela companhia aérea em decorrência disso. Após falar com um amigo de Antony, de nome Jota, relatar o que aconteceu e ser atendida por enfermeiros do aeroporto, Gabi conseguiu embarcar.

Também em prints de conversa entre ela e Cleyton anexados ao processo, em dado momento Antony entra na conversa e pede que Gabi ligue para ele. Antes, na conversa com Jota ela diz que deveria voltar para casa e diante do espanto do rapaz, que pergunta “Aqui pra casa?”, se referindo à residência do jogador, Gabi responde que estava sendo irônica”.

“Em todo momento, nós estávamos em casa oferecendo toda assistência para a Gabi. Desde levar ao hospital até levar ao aeroporto. Em nenhum momento ela foi proibida de deixar a casa, muito pelo contrário. Tanto que levamos ao hospital, levamos ao aeroporto, pois ela voltaria ao Brasil. Nos colocamos à disposição para fazer todos esses trajetos”, garante Cleyton Silva.

Denúncia na Inglaterra

Desde a última sexta-feira, 1 de setembro, a polícia de Manchester investiga as acusações feitas por Gabi Cavallin contra Antony. Na ação de 70 páginas também entregue ao Crown Prosecutor Service (promotoria da Inglaterra), quatro crimes foram comunicados: assédio, agressão, cárcere privado e lesão corporal grave. Cada um deles tem uma penalidade, que pode variar de dois anos de prisão e pagamento de 5 mil libras, algo em torno de R$ 31 mil) no caso de harassment (assédio) a 26 anos de reclusão no caso de Grievous bodily harm (GBH), que é lesão corporal grave.

A DJ, que namorou o jogador entre 2021 e 2023, inclusive, já prestou depoimento numa videochamada gravada pelos investigadores, na própria sexta-feira. Ela está no Brasil e agora aguarda ser chamada para novos esclarecimentos. “Estou á disposição para ir a qualquer hora”, diz a ex do jogador.via https://extra.globo.com/